Eu ouví falar da volta do CREED

Existem muitas dificuldades nas relações humanas e a carreira de uma banda se assemelha a um casamento, podendo se desgastar com o tempo. Algumas bandas da história acabaram e voltaram, assim como num casamento. Podemos perguntar qual o interesse maior que os levaram a voltar, AMOR ao que se faz ou simplesmente DINHEIRO?

Muitos músicos egocêntricos ao alcançarem a fama começam a achar que não têm mais espaço e buscam caminhos independentes, ou seja, uma carreira solo que nem sempre desponta, nem sempre consegue refazer o caminho de sucesso que tinha como grupo. Esquecem que por mais que escrevam as músicas, os arranjos são um pouco de cada, sempre tem um tempero novo na composição e seu trabalho passa a vender menos que a metade, com a gravadora fungando em seu pescoço ele engole o orgulho e aceita recriar a banda.

Existem as bandas que terminam por motivos diferentes desse que citei e se reagrupam por motivos mais sinceros; um ótimo exemplo é o Aerosmith, que voltou a ser uma das maiores bandas existentes, pois o seu retorno foi muito mais que ganhar grana, mas recriar tudo o que perderam em anos de loucura, ou há também grupos que se reúnem para satisfazer os fãs em turnês únicas só para diversão, assim como o The Police, que a princípio não teria um retorno além da turnê e de apresentações para levantar fundos para fins sociais.

Temos bandas que surgiram nos últimos anos e se tornaram grandes sucessos, se separaram e agora surgem boatos de retorno, como é o caso da Creed, considerada uma das maiores bandas dos anos 90, que levava uma mensagem que chegou a classificá-los como banda Gospel, mas Scott Stapp (vocalista) desmente que o Creed era uma banda evangélica, apesar das mensagens contidas nas letras. Scott teve uma criação religiosa muito rígida e por gostar de rock, acabou preferindo deixar seu lar e se aventurar no mundo, mas as suas raízes foram colocadas nas letras.

O Creed teve suas atividades encerradas em 2004 com situações nada boas, e com a saída de Scott os demais integrantes da banda sob a tutela de Mark Tremonti arranjaram um novo vocalista, mas já tinham material para o lançamento de um álbum, o Blackbird, que ficou na medida para os antigos fãs assimilarem, mantendo um estilo bem característico das guitarras de Mark Tremonti.

Chega à mídia a grande notícia de um possível retorno dessa banda admirada por pessoas de todas as crenças, sejam religiosos Cristãos ou ateus, pelo poderoso som que tocavam e que os impulsionaram a 15 milhões de cópias. O primeiro disco foram 30.000 cópias em dois meses, quando ainda eram desconhecidos, entre aspas, pois na verdade o primeiro disco foi produzido de forma independente e custou U$6.000,00 acumulados durante shows e foi regravado pela gravadora Wind-Up Records, transformando essa banda numa das maiores de sua época, trazendo-a ao patamar de outras grandes, como Pearl Jam.

Como não torcer pelo retorno de uma banda que tem acordes tão poderosos e letras tão especiais com temas bem desenvolvidos, e que de forma tão espetacular gravou seu nome na história do Rock mundial? Como não desejar ouvir novos acordes da guitarra do Tremonti para que Stapp os cante? Espero que tudo isso não passe de uma reaproximação onde o dinheiro é o objetivo, segundo entrevista de Scott Stapp, onde ele afirma que está mais unido com a sua fé e que precisou perder o que conquistou para notar a força do que é divino e se apegar a Cristo. Tenho certeza que com o retorno teremos novas canções e novos poderosos acordes e mais uma boa banda para ouvirmos.

Vamos torcer para que ocorra o retorno e também uma Turnê pelo Brasil, pois por aqui eles têm muitos fãs que com certeza os receberão de braços abertos, sedentos pelas músicas já conhecidas e de novas canções também. Que retorne o CREED!

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